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EUA reforçam presença militar nas imediações da Venezuela

Em resposta ao tráfico de drogas, os Estados Unidos enviam três navios lançadores de mísseis para a Venezuela, intensificando a tensão com o governo de Maduro.

há 3 horas
EUA reforçam presença militar nas imediações da Venezuela

Os Estados Unidos anunciaram o envio de três contratorpedeiros lançadores de mísseis da classe Aegis para as águas à volta da Venezuela, com a finalidade de enfrentar o tráfico de drogas, de acordo com uma fonte anónima citada pela AFP. Este movimento ocorre num cenário de crescente tensão entre os dois países, especialmente após o aumento, por parte do Presidente Donald Trump, para 50 milhões de dólares, da recompensa por informações que levem à detenção de Nicolás Maduro, presidente venezuelano.

Segundo revelações de uma fonte da agência AP, os navios estarão posicionados na região por um tempo prolongado, com planos para a sua permanência nos próximos meses. Além dos contratorpedeiros, uma missão mais ampla foi reportada, incluindo um submarino nuclear, uma aeronave de reconhecimento P-8 Poseidon e outros navios de guerra.

Diversos meios de comunicação dos EUA indicam que a Administração Trump poderá também enviar 4.000 fuzileiros navais para a área das Caraíbas, aumentando assim as suas operações na proximidade da costa venezuelana.

A luta contra o tráfico de drogas tem sido uma justificação proeminente para várias políticas de Trump desde que assumiu o cargo, incluindo a imposição de tarifas a países como o México e a China, e a implementação de operações de repressão a imigrantes considerados ilegais.

Washington não reconhece a legitimidade da vitória de Maduro nas eleições presidenciais e classifica o seu governo como um “cartel narcoterrorista”, com Maduro a ser acusado de estar vinculado a redes de narcotráfico internacional.

Recentemente, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o governo venezuelano liderado por Maduro é uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos, e que Trump utilizará "todos os meios" necessários para combater o tráfico de drogas.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, reforçou essa postura ao caracterizar Maduro como um dos maiores traficantes do mundo, ligando-o a organizações consideradas terroristas por Washington. O Departamento de Justiça também revelou a apreensão de ativos no valor de mais de 700 milhões de dólares relacionados com Maduro.

Após o anúncio da recompensa, Maduro criticou a ação como uma manobra política e organizou o destacamento de 4,5 milhões de milicianos para garantir a segurança do território venezuelano.

O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou que o país também está a posicionar meios navais na sua costa, alertando que as ameaças norte-americanas não só comprometem a Venezuela, mas também a paz e a estabilidade da região.

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