Detido líder de grupo xenófobo após apelo a ataques a imigrantes

Um homem de 28 anos, suposto líder de um grupo extremista conhecido como "Deportem-nos já", foi detido na terça-feira na Catalunha e permanece em prisão preventiva sem direito a fiança, conforme decidiu uma juíza em Mataró, Barcelona. As autoridades locais comunicaram que o detido é acusado de incitação ao ódio, pertença a associação criminosa para promover discriminação e posse de armas de forma ilegal.

A imprensa espanhola reportou que, embora o indivíduo tenha uma licença para exercer funções de segurança privada, actualmente não estava empregado. Também se candidataram a vagas na prisão de Tarragona, no entanto, foi considerado inapto para a função.

A localidade de Torre Pacheco, situada em Múrcia, tem sido protagonista de tumultos causados por grupos de extrema-direita que, estimulados por mensagens na rede social Telegram, convocaram uma "caçada" a imigrantes. O clima de tensão escalou após um ataque a um residente de 68 anos, que foi agredido por um grupo de jovens sem motivação aparente, segundo relatou a própria vítima.

As forças de segurança já detiveram 14 indivíduos desde sábado, sendo três por envolvimento na agressão e os restantes por crimes de ódio e desordem pública. Para controlar a situação, a polícia implementou um forte dispositivo com mais de 100 agentes, especialmente a partir do final das tardes.

A delegada do Governo em Múrcia, Mariola Guevara, afirmou que foram detectadas convocações de "caçadas" online para os dias 15, 16 e 17, o que levou à antecipação de medidas preventivas. O ministro da Administração Interna, Fernando Grande-Marlaska, alertou para a presença de "grupos organizados" que se movimentam de diversas localidades para fomentar os distúrbios em Torre Pacheco.