Detenção de mulher que tentava levar droga para a prisão de Braga
Uma mulher de 47 anos foi presa ao tentar traficar droga na cadeia de Braga durante uma visita ao namorado. Este não é o primeiro crime da suspeita, que já tinha sido detida anteriormente.

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, esta segunda-feira, a detenção em flagrante de uma mulher, de 47 anos, na sequência de uma tentativa de introduzir drogas no Estabelecimento Prisional de Braga. A mulher, que está a ser investigada pelo crime de tráfico de estupefacientes agravado, utilizava as suas visitas ao companheiro, que se encontra recluso, para passar substâncias ilícitas.
A PJ recebeu informações da Guarda Prisional que levantaram suspeitas sobre a possibilidade de introdução de drogas durante uma visita, levando à rápida execução de diligências investigatórias que resultaram na detenção da mulher. Esta suspeita é conhecida por reincidir na prática deste crime, tendo sido apreendida anteriormente no ano passado por situações semelhantes.
A mulher será agora apresentada às autoridades judiciárias competentes, onde será realizado o seu interrogatório e, possivelmente, serão aplicadas medidas de coação.
No que diz respeito ao consumo de drogas nas prisões, o Relatório Preliminar do Inquérito Nacional Sobre Comportamentos Aditivos em Meio Prisional 2023, lançado pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD), indica uma diminuição no uso de substâncias ilícitas em relação a anos anteriores, embora algumas drogues sintéticas tenham registado um aumento.
Embora a canábis continue a ser a mais consumida entre os reclusos (51,4%), a cocaína e a heroína também estão entre as substâncias mais relatadas. O relatório aponta ainda para um crescimento do consumo de metanfetaminas, que, apesar de ser uma substância nova nas prisões, começa a ganhar destaque.
O ICAD recomenda a continuidade de programas eficazes para prevenção e tratamento da dependência nas prisões, bem como a implementação de estratégias de reintegração social dos reclusos.
Além disso, um aumento no consumo de bebidas alcoólicas foi reportado, saltando de 17,9% em 2014 para 31,4% em 2023, destacando uma tendência preocupante nas condições prisionais.