Defesa de Miguel Pinho refuta acusações de corrupção em escândalo futebolístico

A defesa de Miguel Pinho, empresário e agente de futebol, reagiu hoje às acusações de corrupção ativa que lhe foram dirigidas, considerando-as "sem sentido nem prova". O Ministério Público (MP) acusa Pinho de ter oferecido 30 mil euros a Edgar Costa, jogador do Marítimo, em troca de uma má performance em campo durante um jogo da época 2015/2016 com o Benfica, proposta que foi prontamente rejeitada pelo atleta.

Tiago Rodrigues Bastos, advogado de Pinho, afirmou que o testemunho de Edgar Costa "não faz sentido, apresentando inúmeras contradições". O advogado questionou a lógica por detrás da acusação, apontando que não existem indícios de que o Benfica tenha participado na alegada tentativa de corrupção, e criticou a decisão do MP de agir de forma distinta relativamente ao seu cliente.

Bastos também sublinhou que, em 2016, Miguel Pinho não tinha qualquer associação com figuras proeminentes do Benfica, mantenho na época um relacionamento mais próximo com o Sporting. Ele chamou a atenção para a "falta de racionalidade" da acusação e garantiu que as incoerências no depoimento de Edgar Costa serão examinadas na fase de instrução.

O caso remonta ao jogo da penúltima jornada da Liga 2015/2016, onde o Benfica derrotou o Marítimo por 2-0, antes de conquistar o título na ronda final. O MP sustenta que, dois dias antes do encontro, Pinho contactou Costa para discutir uma proposta que incluía um novo contrato de trabalho e uma oferta financeira em troca de uma atuação desfavorável no jogo. No entanto, após se encontrar com Pinho e um outro indivíduo em um hotel, Costa rejeitou a proposta e saiu do local.

"Está claro que nada do que se alega na acusação é verdade", afirmou o advogado, reforçando a posição de defesa do empresário.