Coreia do Sul clama por revisão nas taxas portuárias para veículos
O governo sul-coreano e os fabricantes de automóveis pedem a redução das novas taxas portuárias impostas pelos EUA, que agravam a carga fiscal sobre veículos importados.

Desde abril, os Estados Unidos implementaram novas taxas portuárias para navios que transportam automóveis fabricados no estrangeiro. Esta decisão faz parte das estratégias protecionistas e está interligada a medidas contra embarcações associadas à China. Os fundos arrecadados têm como objetivo apoiar a revitalização da construção naval norte-americana.
Recentemente, o governo sul-coreano, junto com os fabricantes automóveis, fez um apelo para que essas tarifas sejam aliviadas. A Associação do Automóvel e Mobilidade da Coreia, que representa marcas como Kia, Renault e as operações sul-coreanas da General Motors, manifestou as suas preocupações e pediu uma revisão das exigências fiscais.
Conforme relata a agência Reuters, os representantes da associação indicam que as novas taxas impõem “fardos financeiros suplementares” sobre automóveis já penalizados com tarifas de 25%. Além disso, os ministérios do Comércio e do Mar da Coreia do Sul alertaram que tal política pode criar custos excessivos para empresas, trabalhadores e consumidores de ambos os países.
As tarifas aplicadas aos navios que transportam automóveis abrangem veículos de qualquer origem e são determinadas pela capacidade de carga. O intento é incentivar o uso de cargueiros construídos nos EUA, com a nova taxa a entrar em vigor em outubro.
O departamento comercial dos EUA, liderado pelo Representante Comercial, direciona especialmente as suas críticas à China, argumentando que as suas práticas comerciais dominadoras podem deslocar empresas estrangeiras e reduzir as oportunidades no mercado dos EUA, o que compromete a competição e gera dependências.
A administração de Donald Trump tem reforçado políticas protecionistas, resultando no aumento de tarifas alfandegárias, incluindo a já mencionada taxa de 25% sobre veículos importados e alguns componentes. Essa postura levou a uma escalada nas tensões comerciais com a China, o que poderá afetar negativamente a indústria automóvel.