Competição Moçambicana Retoma Atividades Após Resolução de Problemas de Transporte
O Moçambola volta ao ativo no próximo sábado após um hiato de duas semanas devido à falta de pagamento das passagens aéreas pelos clubes.

A Liga Moçambicana de Futebol (LMF) anunciou a retoma do Moçambola para este sábado, pondo fim a uma paragem de duas semanas causada por problemas financeiros no pagamento de passagens aéreas por parte dos clubes. O campeonato, que sofreu cancelamentos na sexta jornada desde 10 de julho, terá o jogo entre o Costa do Sol e o Chingale de Tete a decorrer em Maputo.
Na sequência, a 29 de julho, o Ferroviário de Maputo vai defrontar o Ferroviário da Beira, também na capital, enquanto no dia seguinte os Black Bulls enfrentarão o Ferroviário de Nacala no campo de Tchumene, no sul de Moçambique. O mesmo dia verá o Textafrica jogar contra o Ferroviário de Lichinga na província de Manica e o Desportivo de Nacala receber a A.D. Vilanculos em Niassa. A jornada culminará a 31 de julho, com a União Desportiva de Songo a acolher o Desportivo da Matola.
A LMF, que tinha admitido em 15 de julho a incerteza sobre a data de retoma do Moçambola, indicou que necessita de cerca de 1,3 milhões de euros para o pagamento das passagens aéreas, uma vez que os preços pela viagem duplicaram em comparação com a época anterior. O presidente da LMF, Alberto Simango Júnior, ressaltou, após uma reunião com o ministro da Juventude e Desporto, Caifadine Manasse, que o custo por atleta passou de 21 mil meticais (283 euros) para 42 mil meticais (566 euros).
Em resposta às dificuldades enfrentadas pelas equipas, a transportadora Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) justificou a sua inação com a falta de pagamentos recebidos. Durante o encontro com o ministro, Simango Júnior expressou a sua compreensão pelas razões da LAM, mas indicou que o aumento dos custos era um desafio significativo para a LMF, levando à solicitação de apoio governamental.
O início da edição de 2025 do campeonato tinha já sido adiado de 26 de março para 17 de maio por razões logísticas e económicas, num contexto de instabilidade social e política em Moçambique após um recente processo eleitoral conturbado.