Cinema Português Brilha em Nova Iorque com 'O Riso e a Faca' e 'Magalhães'
Os filmes 'O Riso e a Faca', de Pedro Pinho, e 'Magalhães', de Lav Diaz, fazem parte do Festival de Cinema de Nova Iorque, que arranca a 26 de setembro, depois de serem aclamados em Cannes.
O Festival de Cinema de Nova Iorque, que tem início no dia 26 de setembro e se estende até 13 de outubro, contará com a exibição de duas produções notáveis: 'O Riso e a Faca', do realizador português Pedro Pinho, e 'Magalhães', do cineasta filipino Lav Diaz.
Ambos os filmes já marcaram presença na seleção do prestigiado Festival de Cannes. Em Cannes, a talentosa Cleo Diará foi agraciada com o prêmio de melhor atriz na secção Un Certain Regard, pela sua interpretação em 'O Riso e a Faca'.
O festival nova-iorquino apresentará ainda outras obras notáveis, como 'Agente Secreto', de Kléber Mendonça Filho, a estreia mundial de 'Is This Thing On?', de Bradley Cooper, e a estreia norte-americana de 'Father Mother Sister Brother', de Jim Jarmusch. Também o cineasta galego Óliver Laxe se fará presente com o seu trabalho 'Sirat'.
'O Riso e a Faca', uma coprodução envolvendo Portugal, Brasil, França e Roménia, narra a jornada de Sérgio, um engenheiro ambiental que se junta a uma ONG em África para participar na construção de uma estrada que atravessa o deserto e a selva.
Esta é a segunda longa-metragem de ficção de Pedro Pinho, depois de 'A Fábrica do Nada', que também fez a sua estreia em Cannes em 2017, onde conquistou o Prémio Fipresci.
Por sua vez, 'Magalhães', uma coprodução com a portuguesa Rosa Filmes, foi filmado em Portugal e Espanha. O filme conta com o ator mexicano Gael García Bernal no papel do famoso navegador português Fernão de Magalhães, que iniciou a primeira viagem de circum-navegação e morreu nas Filipinas.
Em declarações anteriores, Lav Diaz mencionou que 'Magalhães' era um projeto em desenvolvimento há vários anos, inicialmente com cerca de nove horas de duração, mas a versão que será apresentada em Nova Iorque durará 160 minutos.
O Festival de Cinema de Nova Iorque, que não atribui prémios, celebra a sua 63.ª edição, prometendo ser um palco importante para o cinema contemporâneo.