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Cimeira da CPLP em risco devido a polémica sobre presidência

O Conselho de Ministros da CPLP adiou a decisão sobre a próxima presidência para a cimeira desta sexta-feira, aumentando as tensões entre os Estados-membros.

17/07/2025 22:10
Cimeira da CPLP em risco devido a polémica sobre presidência

O Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) não abordou na reunião de hoje a questão da próxima presidência, optando por deixar essa deliberação para a cimeira de líderes programada para esta sexta-feira. Segundo informações da Lusa, esta situação levou o Presidente da República a decidir não participar na XV Conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CPLP.

A origem da discórdia reside na possibilidade da Guiné Equatorial assumir a presidência entre 2027 e 2029, um país frequentemente criticado por violações de direitos humanos. O Expresso noticiou que tal aspiração tem gerado desconforto entre as nações membros.

Ainda que os estatutos da CPLP não estipulem que a presidência siga uma ordem alfabética, essa prática tem sido geralmente seguida, com algumas notáveis exceções ao longo dos anos.

Em declarações à Lusa, um representante da diplomacia brasileira manifestou a intenção do Brasil de aspirar à presidência da CPLP para o período de 2027-2029, sinalizando a intenção de apresentar uma candidatura e solicitar o apoio dos demais Estados-membros. O embaixador Carlos Sérgio Sobral, do Ministério das Relações Exteriores, sublinhou essa ambição.

A cimeira da CPLP, que ocorre na capital da Guiné-Bissau, marca a transição de presidência de São Tomé e Príncipe para este país africano, que assumirá o comando da organização durante dois anos.

A Conferência de Chefes de Estado e de Governo está agendada para esta sexta-feira e é precedida por várias reuniões preparatórias que envolveram embaixadores e pontos focais da organização, bem como o Conselho de Segurança Alimentar e o Comité de Concertação Permanente.

A CPLP é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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