A China manifestou esperança por um acordo de paz vinculativo na Ucrânia, após a proposta de Putin para negociações diretas entre Kyiv e Moscovo.
A China expressou hoje a sua esperança de um acordo de paz sólido e vinculativo que possa encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração surgiu após o Presidente russo, Vladimir Putin, ter sugerido a realização de negociações diretas entre Kyiv e Moscovo.
Lin Jian, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, afirmou: “Esperamos que todas as partes continuem a engajar-se em diálogo e negociações para alcançar um acordo de paz justo e duradouro, que seja aceitável para todos os envolvidos”.
Putin, no sábado à noite, propôs que a Ucrânia iniciasse conversações na próxima quinta-feira em Istambul, cidade que foi palco das primeiras e únicas negociações entre as partes desde o início do conflito, em março de 2022.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, considerou esta proposta como “um primeiro passo” do Kremlin para o fim das hostilidades, mas sublinhou que um cessar-fogo deve ocorrer antes de qualquer conversa sobre negociações.
A proposta russa surgiu poucas horas após a Ucrânia e os seus aliados europeus terem pressionado Moscovo para um cessar-fogo total e incondicional por um período de pelo menos 30 dias, sob a ameaça de novas sanções económicas.
Essa exigência foi discutida numa reunião em Kyiv entre os líderes da Ucrânia, França, Alemanha, Reino Unido e Polónia, que formam a chamada “coligação dos dispostos”. A proposta de Putin foi recebida com cautela pelos aliados da Ucrânia, que exigem um cessar-fogo duradouro antes de qualquer diálogo.