André Ventura, líder do Chega, defende que seu partido é o único a representar fielmente as ideias de Pedro Passos Coelho, enquanto critica as abordagens do PSD sob Luís Montenegro.
Na terceira jornada da campanha para as eleições legislativas, André Ventura, presidente do Chega, afirmou categoricamente que o seu partido é o que melhor traduz as posições de Pedro Passos Coelho. Durante uma visita ao mercado do Bolhão, no Porto, Ventura instou o ex-primeiro-ministro a escolher o Chega no momento de votar, afirmando que “o original é sempre preferível à cópia”.
“Quando chegar o dia 18 e se questionar ‘quem é que melhor representa as minhas ideias?’, a resposta será o Chega e eu, André Ventura”, sustentou, reforçando que as propostas do Chega sobre família, imigração e segurança alinham-se com as ideias que Passos Coelho expressou ao longo dos anos.
O líder do Chega reagiu ainda a comentários de Passos Coelho, que no aniversário do PSD sublinhou a necessidade de um “espírito reformista” no partido. Ventura concordou, mas fez uma crítica ao atual presidente do PSD, Luís Montenegro, acusando-o de replicar as ações do Partido Socialista. “É fundamental termos coragem para fazer reformas reais e não meras aparências”, declarou.
Ao comparar o Chega a uma versão autêntica, Ventura insinuou que Montenegro representa uma imitação sem valor. “As pessoas, quando têm de escolher, optarão sempre pelo original, que é o Chega”, disse, relembrando o compromisso do partido com a luta contra a corrupção e a necessidade de reformas na educação e na imigração.
André Ventura também destacou o esforço de Passos Coelho para redirecionar o PSD, considerando que este tem demonstrado preocupações sobre os caminhos que o partido tem seguido. “Passos tem sinalizado que o PSD errou”, acrescentou, sugerindo que a crescente popularidade do Chega está a levar o PSD a adoptar algumas das suas posições.
Pelo fim, Ventura reiterou que votar no Chega é garantir estabilidade governativa, afirmando que “apenas o Chega pode assegurar essa estabilidade” e identificou outros cenários políticos como potencialmente instáveis. “Assistimos a governos que não trouxeram estabilidade, e isso deve ser uma preocupação para todos os eleitores”, concluiu.