Friedrich Merz alerta para as ameaças externas da agressão russa e para o crescimento dos extremismos internos, defendendo o apoio contínuo à Ucrânia para salvaguardar a paz e a liberdade.
Friedrich Merz, o chanceler eleito, manifestou hoje em Berlim que a Europa enfrenta perigos vindos tanto do exterior, com a guerra perpetrada pela Rússia na Ucrânia, como do interior, onde o medo tem contribuído para o surgimento de posturas extremistas entre os cidadãos.
Durante o congresso da União Democrata-Cristã (CDU), Merz sublinhou que a defesa da ordem e da liberdade em território europeu passa também através do apoio inabalável à Ucrânia. Segundo o líder, a luta dos ucranianos contra a agressão russa é, em última análise, uma batalha pela manutenção da paz e dos valores democráticos também na Alemanha.
O chanceler eleito, que conta com o apoio de um governo cuja composição já inclui nomes críticos em relação ao Kremlin, como o ministro dos Negócios Estrangeiros, Johann Wadephul, frisou que "a confiança na nossa democracia encontra-se abalada como nunca desde a Segunda Guerra Mundial".
Aos 69 anos, Merz reafirmou o compromisso de a Alemanha assumir, dentro da União Europeia, o seu papel de liderança. O dirigente revelou que o país continuará a responder às suas responsabilidades, em colaboração com os restantes Estados-membros, para preservar os pilares da nossa ordem política.