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Cabo Verde prepara resposta estratégica após devastadora tempestade

O governo de Cabo Verde anunciou um abrangente plano de resposta à devastação provocada pela tempestade de segunda-feira, que resultou em nove mortes e 251 famílias afetadas.

16/08/2025 14:55
Cabo Verde prepara resposta estratégica após devastadora tempestade

Numa conferência de imprensa realizada na Praia, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva revelou um robusto plano de ação para enfrentar os danos causados pela tempestade, que resultou em nove vítimas mortais e um número significativo de famílias prejudicadas.

O governo utilizará, desde já, os recursos do Fundo Nacional de Emergência para apoiar as famílias e as atividades económicas afetadas. Correia e Silva sublinhou a importância de um “quadro dramático, excecional” que justifica a intervenção imediata.

As famílias das vítimas e desaparecidos receberão um rendimento social emergencial temporário de 25 mil escudos (cerca de 226,7 euros), que será posteriormente convertido numa pensão.

O plano inclui várias medidas, como o realojamento temporário, apoio ao arrendamento, reabilitação de casas e construção de habitações sociais para aqueles cujas residências foram danificadas ou se encontram em condições precárias.

Além disso, será assegurado o acesso a serviços de apoio para famílias com dependentes, incluindo crianças, idosos e pessoas com deficiência.

O Governo também se compromete a oferecer um rendimento solidário de emergência de 30 mil escudos (272 euros) durante três meses, direcionado a setores como comércio, pesca, agricultura e pecuária, que terão ainda acesso a subvenções e linhas de crédito com juros reduzidos.

As micro, pequenas e médias empresas beneficiarão de uma nova linha de crédito emergencial com garantias estatais e benefícios fiscais, tendo em vista a recuperação económica.

Por último, foram anunciados programas para a reabilitação de infraestruturas, incluindo estradas, saneamento e proteção de encostas, assegurando uma reconstrução que considere a resiliência a futuras catástrofes naturais. Esta iniciativa conta com um apoio financeiro do Banco Mundial no valor de 10 milhões de dólares.

De acordo com o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, 251 famílias perderam quase todos os seus bens, enquanto 146 sofreram danos parciais nas suas habitações. A situação de calamidade foi declarada em vários municípios, com São Vicente a ser a mais afetada pela tragédia.

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