Bernardo Silva presta homenagem a Diogo Jota: "Estará sempre connosco..."

Bernardo Silva, jogador do Manchester City e internacional português, compareceu ao funeral de Diogo Jota e André Silva, realizado neste sábado. Emocionado, partilhou suas recordações sobre Diogo, com quem, embora rivais na Premier League - Jota jogando pelo Liverpool - cultivou uma amizade forte. O número 20 da equipa de Manchester recordou os momentos de descontração e camaradagem, destacando os jogos de cartas e outras memórias pessoais "incríveis".

“É difícil imaginar a dor que a família está a passar, a Rute, os filhos, os pais... Tanto por André como por Diogo. Hoje estou aqui para falar sobre Jota, que foi um grande amigo para todos nós. A sua carreira, que fala pela paixão e pela dedicação, é um testemunho do seu talento, mesmo sem ter passado pelas formações dos grandes clubes”, começou por afirmar Bernardo, em entrevista à TVI.

“Teve uma carreira notável. Contudo, mais importante do que isso são as memórias como pessoa. O Jota estará sempre no nosso coração, presente em todos os pequenos-almoços, almoços e jantares da seleção, nas partidas de PlayStation e nas jogadas de cartas…” continuou o capitão do Manchester City.

A cerimónia fúnebre do internacional português, que contava com 28 anos, assistiu a uma forte afluência de amigos, colegas e fãs, todos a prestar a última homenagem a Diogo Jota e ao seu irmão André, que faleceram num trágico acidente automóvel em Zamora, Espanha, após a explosão de um pneu que consumiu o carro em chamas. As duas figuras do futebol estavam a caminho de Inglaterra na madrugada do acidente.

“Não sou muito de PlayStation, mas jogamos bastante às cartas. Este é um momento difícil para todos nós, pois partilhamos muitos momentos juntos. Tive grandes recordações com ele, e manteremos vivas as memórias alegres. Ele estará presente em cada vitória nossa e estamos determinados a recordá-lo com alegria todos os dias”, sublinhou Bernardo Silva, visivelmente comovido.

“Jota era uma pessoa incrível, direta e com um sentido de humor muito especial. Passámos muitos momentos juntos e a tristeza que sentimos é palpável. Foram anos como rivais e colegas. Ele foi um grande amigo que teve um papel importante na minha vida, sempre presente, inclusivamente no meu casamento, enquanto eu, infelizmente, não pude comparecer no seu devido ao Mundial de Clubes. A sua família ficará sempre connosco e faremos questão de preservar essa memória ao longo do tempo. O número 20 que ele usava é agora ainda mais especial”, concluiu.