"Benfica em Risco de Prejuízo Alarmante se Rui Costa Não Actuar"
Martim Mayer criticou a falta de acção da direcção do Benfica sobre a centralização dos direitos televisivos, alertando para graves consequências financeiras para o clube.

O candidato à presidência do Benfica, Martim Mayer, manifestou a sua preocupação esta quarta-feira em relação à centralização dos direitos televisivos, após a direcção liderada por Rui Costa ter optado por se afastar das discussões sobre o assunto. Mayer classifica esta postura como um sério risco financeiro para o clube da Luz, referindo que a passividade da actual direção poderá resultar em grandes prejuízos.
“É absolutamente inaceitável permitir que este processo avance sem que o Benfica se faça ouvir de forma assertiva. Se a direcção se mantiver passiva, as consequências financeiras para o clube podem ser devastadoras. O Benfica deve confrontar esta situação sem reservas. Não podemos continuar a deixar que o processo avance sem a nossa participação. Temos de ser proactivos”, escreveu Mayer na declaração divulgada na plataforma "Benfica no Sangue".
Martim Mayer salienta que estão em jogo cerca de 40% das receitas do clube, uma percentagem que negligenciada pode afetar gravemente a sua saúde financeira.
Além de Martim Mayer, outros candidatos, incluindo o actual presidente Rui Costa e os opositores João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas e Cristóvão Carvalho, já expressaram a intenção de se candidatar às eleições que escolherão o próximo líder do clube. Luís Filipe Vieira poderá também vir a anunciar a sua candidatura, após ter ocupado a presidência durante 18 anos.
Mayer aponta que “a centralização dos direitos deve promover a valorização do Produto Futebol Português”. Ele critica a Liga por estar a tentar negociar sem o investimento necessário, o que resultará, na sua opinião, em perdas significativas, especialmente para o Benfica, que se encontra numa posição vulnerável neste cenário.
O candidato propõe que o Benfica pressione pela inclusão de um investidor estratégico, que assegure o investimento necessário para a modernização dos estádios e a melhoria do produto televisivo, evitando assim que o clube perca relevância no panorama desportivo.
“Neste processo de centralização, há uma questão crucial: ou pagamos ao investidor estratégico ou vemos o Benfica arcar com o custo excessivo. Esta é uma batalha que devemos travar a todos os níveis”, concluiu.