Autoridades sírias capturam suspeitos da Guarda Revolucionária iraniana na fronteira iraquiana
A Síria deteve mais de 50 indivíduos, incluindo membros da Guarda Revolucionária iraniana, em uma operação significativa na fronteira com o Iraque.

Hoje, as autoridades na Síria procederam à detenção de várias pessoas supostamente vinculadas à Guarda Revolucionária iraniana durante uma operação na cidade de al-Bukamal, situada na fronteira com o Iraque.
O comandante da Segurança Interna na província de Deir Ezzor, Dharar al Shamlan, descreveu esta ação como uma operação "de grande envergadura", resultando na captura de mais de 50 indivíduos procurados por crimes como posse e tráfico de armas e drogas, além de ameaças à segurança pública.
O comunicado do Ministério do Interior sírio, divulgado através da sua conta oficial no Telegram, assinalou que esta operação é parte de um esforço mais amplo para identificar e deter aqueles que atuam contra a segurança e a estabilidade no leste da Síria.
Atualmente, a região é dominada pelo grupo islamita Hayat Tahrir al-Cham (HTS), que derrubou o regime de Bashar al-Assad e cujo presidente interino é Ahmed al-Sharaa. O HTS desfez seus laços com a Al-Qaida em 2016.
A informação do Ministério do Interior veio a público pouco depois de o exército israelita anunciar a detenção de vários membros de uma alegada célula enviada pela Força Quds dos Guardas da Revolução, numa operação concretizada no sul da Síria, que representou a segunda ação do género em menos de uma semana.
Desde a queda do regime de Assad, em dezembro de 2024, Israel ocupa diversas áreas da Síria, em resultado de uma ofensiva de grupos jihadistas e do HTS.
Os militares israelitas relataram que realizaram uma operação para prender uma célula operando sob a Força Quds na região de Tel Qudna, na noite anterior, conforme um comunicado militar breve.
Israel continua a ocupar os Montes Golã, um território que foi tomado durante a Guerra dos Seis Dias em 1967 e a Guerra do Yom Kippur em 1973, tendo efetivamente anexado a região em 1981, um ato que não foi reconhecido pela comunidade internacional.