Aumento da Agressividade Russa em Perspectiva, Avisa Zelensky
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, alerta para uma possível escalada dos ataques russos nos próximos dias, visando fortalecer a posição de Putin após cimeira nos EUA.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou hoje preocupações sobre uma potencial intensificação dos ataques por parte do Exército russo, que poderia ocorrer nos próximos dias, com o objetivo de fortalecer politicamente o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Após uma reunião com os altos comandos das Forças Armadas, Zelensky sublinhou a detecção de "movimentos e preparativos" nas tropas russas, especialmente após recentes tentativas de avanço no leste da Ucrânia, buscando romper as últimas linhas de defesa ucranianas.
O líder ucraniano descreveu a situação em várias áreas da região de Donetsk como "extremamente difícil" e reiterou que as forças ucranianas se reservam o direito de realizar "contra-ataques", se necessário, "de forma assimétrica".
A cimeira no Alasca entre Putin e o Presidente norte-americano, Donald Trump, decorreu sem acordos conclusivos relativamente à guerra. Trump, numa aparente mudança de postura, afirmou não considerar agora um cessar-fogo necessário, defendendo uma abordagem de negociação "direta" para um acordo de paz mais persistente.
O governo ucraniano optou por não comentar especificamente esta mudança na atitude de Trump. Contudo, Zelensky, que se reuniu por mais de uma hora com o Presidente dos EUA, referiu nas redes sociais que as posições están "claras" e apelou à necessidade de se alcançar uma paz real e duradoura, sublinhando que não se deve contentar apenas com uma pausa nas agressões russas.
Uma reunião está agendada para segunda-feira em Washington entre Zelensky e Trump, marcando uma continuidade do diálogo entre os dois líderes. Esta cimeira foi a primeira entre os dois Presidentes desde 2018 e representa o regresso de Vladimir Putin aos Estados Unidos após uma década de ausência, apesar das acusações que enfrenta no Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e do estado de relações muito tensas entre Washington e Moscovo desde a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.