Aumento alarmante de migrantes devolvidos à Líbia na última semana
Quase 400 migrantes foram interceptados no Mediterrâneo e levados de volta à Líbia, um país considerado perigoso. A OIM divulga dados preocupantes sobre a situação migratória na região.
Na última semana, entre 22 e 28 de setembro, a Líbia recebeu quase 400 migrantes, que foram interceptados no mar Mediterrâneo e devolvidos ao seu território. A informação foi divulgada hoje pela Organização Internacional para as Migrações (OIM), que classifica a Líbia como um país "inseguro" para os migrantes.
Do total de 397 pessoas devolvidas, 352 eram homens, 32 mulheres e 13 crianças, conforme indica o relatório semanal da OIM. Desde o início de 2023, a organização contabilizou 11.526 migrantes que regressaram, incluindo 382 crianças. Por outro lado, o número de mortes registadas nesta rota marítima sobe para 265, com 277 pessoas ainda desaparecidas.
A Líbia, que se tornou um ponto de passagem significativo para migrantes em direção à Europa após a queda de Muammar Kadhafi em 2011, volta a ser o principal país de saída para aqueles que tentam atravessar o Mediterrâneo Central este ano.
Para apoiar os migrantes que desejam retornar a casa, a OIM implementou o programa de retorno voluntário assistido (RVA), descrito como uma "corda de salva-vidas" para aqueles que buscam novas oportunidades além da Líbia.
Os últimos dados da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) revelam que a Líbia alberga atualmente 92.436 refugiados e requerentes de asilo, a maioria oriunda do Sudão. Em 2025, de um total de 29.705 migrantes que chegaram à Itália a partir do norte de África, 26.893 partiram da Líbia.