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Ana Paula Martins comenta sobre perdas gestacionais e situação na saúde

A ministra da Saúde lamenta as perdas de bebés, reiterando que a medicina ainda enfrenta limites e promete melhorias na área obstétrica, sem normalizar urgências fechadas.

09/07/2025 22:45
Ana Paula Martins comenta sobre perdas gestacionais e situação na saúde

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, expressou, esta quarta-feira, o seu profundo lamento pelas recentes perdas de bebés por parte de grávidas, afirmando que esses desfechos "dificilmente seriam evitados", uma vez que "a medicina ainda não consegue resolver tudo". No entanto, sublinhou que não se pode considerar normal a situação de ter urgências encerradas.

Durante uma entrevista à SIC Notícias, Ana Paula Martins afirmou que foram feitos avanços significativos na área da obstetrícia este ano, embora ainda haja muito a realizar, especialmente na Península de Setúbal, uma das regiões mais críticas. "Quando entrámos, já era uma área problemática", destacou.

A ministra mencionou que, em contraste com o ano anterior, o Hospital Garcia de Orta (HGO) em Almada estará "pelo menos durante 11 dias em funcionamento total", enquanto os hospitais do Barreiro e de Setúbal ainda operam em rotatividade, o que mudará a partir de 1 de setembro. "A situação na Margem Sul melhorou consideravelmente este ano, mas ainda não está ideal", lamentou.

Sobre a questão das urgências, Ana Paula Martins explicou que, neste momento, há apenas uma urgência encerrada no país, o HGO, enquanto os outros hospitais continuam a prestar serviço. Contudo, enfatizou que a normalização de urgências fechadas não deve ser tolerada.

Em resposta a críticas sobre a sua empatia em relação às grávidas que enfrentaram perdas, a ministra admitiu que a imagem que as pessoas têm dela pode não refletir sua verdadeira preocupação. "Só posso ser eu a responsável por isso. Lamento profundamente o que aconteceu, e sei bem como é a dor de perder um filho", afirmou emocionada.

Ainda no contexto de sua permanência no cargo, Ana Paula Martins deixou claro que continuará a servir enquanto o primeiro-ministro assim entender. Ela acrescentou que poderá repensar essa posição caso sinta que falta a força, ânimo, ou capacidade para coordenar as suas funções.

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