Alívio nas prestações de crédito à habitação em julho, mas com uma pausa à vista
As prestações do crédito à habitação terão uma nova descida em julho, antes do BCE interromper a queda das taxas de juro. Um crédito de 200 mil euros poderá significar uma redução significativa nas prestações mensais.

O mês de julho traz boas novas para os solicitantes de crédito à habitação com taxas variáveis, já que as prestações deverão registar uma nova diminuição. Contudo, esta redução ocorrerá antes do Banco Central Europeu (BCE) decidir fazer uma pausa na descida das taxas de juro.
Para exemplificar, um crédito no valor de 200 mil euros a 30 anos, associado à Euribor a 6 meses com um spread de 1%, poderá ver a sua prestação mensal diminuída em cerca de 60 euros, segundo estimativas da CNN Portugal. Para um crédito com indexação à Euribor a 12 meses, a descida será ainda mais substancial, atingindo quase 165 euros.
Este cenário ocorre numa fase em que o BCE se prepara para interromper os cortes nas taxas de juro, indicando que as prestações continuarão a baixar, mas não por muito mais tempo. Na última reunião do BCE, realizada a 4 e 5 de junho em Frankfurt, as taxas de juro foram reduzidas em 0,25 pontos base, estabelecendo a principal taxa em 2%. Esta foi a oitava redução desde o início deste ciclo em junho de 2024, e analistas acreditam que será a última deste ano. A próxima reunião do BCE está programada para 23 e 24 de julho.
As taxas Euribor são o resultado da média dos juros que 19 bancos da zona euro estão dispostos a praticar entre si no mercado interbancário.
Além disso, o Fórum do BCE terá início hoje em Sintra, com a participação de figuras de destaque como a presidente do BCE, Christine Lagarde, e o presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell. Este evento, que se estende até quarta-feira, abordará questões económicas globais, em especial à luz das políticas comerciais da administração Trump.
A sessão inaugural ficará a cargo de Lagarde, seguida por debates que incluem tópicos como as implicações macroeconómicas das mudanças no mercado de trabalho da zona euro e os novos desafios da comunicação do banco central. O encerramento será também conduzido por Lagarde, com a entrega do Prémio Jovem Economista.