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Alemanha acusa China de ataque com laser a avião, Pequim responde

A China rejeitou as acusações da Alemanha sobre a utilização de um laser contra um avião da Força Aérea germânica no Mar Vermelho, apelando para uma comunicação eficaz e evitando mal-entendidos.

há 3 horas
Alemanha acusa China de ataque com laser a avião, Pequim responde

A China afastou, esta quarta-feira, as alegações da Alemanha que a acusavam de ter utilizado um laser contra um avião da Força Aérea no Mar Vermelho, considerando estas afirmações como “totalmente incompatíveis com os factos”. A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, sublinhou a importância de ambas as partes manterem um diálogo pragmático e uma comunicação clara para prevenir mal-entendidos.

A acusação por parte da Alemanha remonta a 2 de julho, quando alegou que um avião no âmbito da operação Aspides da União Europeia, destinada a proteger o tráfego marítimo contra ataques de rebeldes houthis no Iémen, foi alvo de um laser proveniente de um navio de guerra chinês. Segundo um porta-voz do Ministério da Defesa alemão, o espectáculo de luz aconteceu “sem motivo nem contacto prévio” durante um voo de vigilância de rotina.

A utilização do laser, conforme notado, “representou um risco para pessoas e equipamentos”, embora não tenham sido reveladas mais informações sobre o tipo de dispositivo utilizado. A porta-voz chinesa, Mao Ning, lembrou que os navios da China estão empenhados em missões de escolta no Golfo de Áden e nas águas somalis, contribuindo assim para a segurança das rotas marítimas internacionais.

A China tem enfrentado críticas recorrentes por ações de intimidação que envolvem lasers. Em fevereiro de 2023, um navio da sua marinha foi acusado de disparar um “laser de tipo militar” contra uma embarcação da guarda costeira das Filipinas, enquanto em 2022, a Austrália denunciou um incidente semelhante com a Força Aérea chinesa.

Desde 2017, a China mantém uma base militar em Djibuti, o que lhe confere acesso estratégico ao Golfo de Áden e uma posição privilegiada na defesa dos seus interesses geopolíticos e económicos na região, abrangendo transporte, indústria e energia.

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