A Guatemala abalada por sismos mortais: duas vidas perdidas

Na terça-feira, a Guatemala enfrentou uma sequência de sismos que resultaram em pelo menos duas fatalidades e diversos danos à infraestrutura, segundo informações da autoridade de proteção civil do país. O diretor de comunicação da agência de gestão de catástrofes, Andrés Erazo, revelou que as vítimas ocorreram devido a um deslizamento de terras que atingiu um veículo em uma estrada ao sudoeste da Cidade da Guatemala.

O primeiro abalo sísmico, com uma magnitude de 4,8, foi registado às 15:11, hora local (22:11 em Lisboa), seguido por um segundo tremor de 5,6, cerca de meia hora depois, com epicentro a aproximadamente 20 quilómetros ao sul da capital, a uma profundidade não muito profunda, conforme relatado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos.

Um terceiro sismo, também de magnitude 4,8, ocorreu pouco depois, reforçando a preocupação na Cidade da Guatemala. Esses tremores foram amplamente sentidos na capital salvadorenha, San Salvador, conforme indicado por um correspondente da agência de notícias France-Presse (AFP).

Como resposta à catástrofe, o Presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, decidiu suspender as aulas e declarar um dia de folga em três regiões afetadas: Cidade da Guatemala, Escuintla e Sacatepéquez. Durante os tremores, alarmes soaram na capital, levando à evacuação de vários edifícios, de acordo com testemunhos de jornalistas. “Sentimos a força deste tremor de forma intensa”, mencionou um funcionário de um complexo de escritórios.

Além dos sismos principais, foram reportados mais de 35 tremores de menor magnitude, segundo o Instituto Sismológico Nacional da Guatemala. Este fenómeno não é inesperado para a América Central, que é frequentemente atingida por sismos devido à convergência das placas tectónicas das Caraíbas e das ilhas Cocos, bem como pelas falhas geológicas locais.