O líder do Chega, André Ventura, afirmou que apenas a sua vitória nas eleições pode garantir um governo estável, descartando coligações com outras forças políticas.
André Ventura, presidente do Chega, destacou durante uma arruada em Viana do Castelo que a única forma de garantir uma estabilidade governativa reside numa vitória do seu partido. "O que ficou claro é que o Presidente da República procura um governo que ofereça condições permanentes, e não um que dure apenas por um curto período", disse Ventura aos jornalistas.
Na sua visão, apenas a vitória do Chega à direita poderá proporcionar essa estabilidade desejada, enfatizando que "com o atual líder do PSD, Luís Montenegro, tal não é possível, assim como não é com o PS". Segundo ele, as anteriores vitórias da AD e do PS não resultaram em estabilidade.
Quando questionado sobre a possibilidade de diálogo com os sociais-democratas após as eleições legislativas de 18 de maio, Ventura afirmou que está sempre aberto à conversa e que, caso não obtenha a maioria, irá dialogar. Contudo, sublinhou que o PSD foi o responsável por não ter formado uma maioria no passado.
"Não seremos a muleta de um novo governo que apenas repetiria os erros do passado. O nosso objetivo é liderar e transformar o espaço político, criando condições para um governo maioritário", insistiu Ventura. Ele reforçou que a sua meta é vencer as eleições e que "os outros partidos terão de se adaptar à nova realidade".
O líder do Chega ainda afirmou que, caso o seu partido vença, isso forçará uma reconfiguração à direita e à mudança de atitude no espaço do centro-direita, tal como já aconteceu em outros países. "Teremos uma maioria estável para quatro anos", garantiu, advertindo que a oposição de esquerda poderá protestar, mas que a estabilidade será uma realidade com o Chega ao leme.
Ventura lembrou também que o Chega já viabilizou programas governamentais no passado, reafirmando o seu compromisso de constituição de um governo baseado em competência, em vez de simplesmente militância partidária.