"UEFA manifesta-se contra a violência em Gaza durante Supertaça Europeia"
A UEFA criou polémica ao condenar, pela primeira vez, a ofensiva militar israelita durante a Supertaça Europeia, com uma mensagem clara e gestos de solidariedade.

A UEFA usou a plataforma do jogo da Supertaça Europeia, realizada esta quarta-feira, entre o Paris Saint-Germain e o Tottenham, para manifestar o seu repúdio pela ofensiva militar que Israel está a desencadear na Palestina.
Antes do início da partida no Estádio Friuli, em Udine, Itália, o organismo responsável pelo futebol europeu estendeu uma tarja no relvado com uma mensagem impactante: "Parem de matar crianças. Parem de matar civis". Este ato representou uma clara posição contra a violência que tem assolado a região.
A demonstração não ficou apenas na mensagem escrita. Durante a cerimónia de entrega de medalhas, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, foi acompanhado por duas crianças refugiadas palestinianas, simbolizando o impacto do conflito na vida dos mais jovens.
A ofensiva israelita em Gaza, iniciada em resposta a ataques do Hamas em 7 de outubro, resultou em mais de 61 mil mortos e a devastação quase total das infraestruturas da região. A comunidade internacional levantou questões sobre possíveis crimes de guerra e genocídio, enquanto a situação humanitária se agrava.
O gesto da UEFA surge poucos dias após críticas do atleta Mohamed Salah, que, nas redes sociais, expressou a sua indignação pelo silêncio da entidade face aos últimos ataques que vitimaram civis, incluindo o falecimento do ex-capitão da seleção palestiniana.
Em campo, o jogo foi emocionante, com o Tottenham a assumir a liderança com dois golos de Micky van de Ven e Cristián Romero. Porém, o PSG conseguiu reverter a situação com um golo tardio de Gonçalo Ramos, levando a partida para os penaltis, onde Nuno Mendes se destacou ao converter a penalidade decisiva.