UE renova sanções à Rússia até janeiro de 2026 em resposta à invasão da Ucrânia
A União Europeia confirma a prorrogação das sanções à Rússia por mais seis meses, intensificando a pressão sobre Moscovo para pôr fim à agressão militar na Ucrânia.

O Conselho da União Europeia anunciou hoje que as sanções contra a Federação Russa serão prolongadas até 31 de janeiro de 2026. Esta decisão surge na sequência da invasão russa da Ucrânia, que se arrasta há mais de três anos, e visa continuar a "agressão militar ilegal contra a Ucrânia".
As sanções abrangem um amplo leque de medidas setoriais, incluindo imposições ao comércio, ao sector financeiro, à energia, à tecnologia, à indústria e transportes, assim como a produtos de luxo. Além disso, os indivíduos sujeitos às sanções estão proibidos de realizar transações comerciais e financeiras em qualquer um dos 27 Estados-membros da UE, bem como de viajar ou transitar por estes países.
As entidades que, segundo a UE, contribuem para o conflito na Ucrânia também se encontram restringidas de realizar quaisquer operações com o bloco comunitário, e vários bancos russos perderam acesso a instituições financeiras europeias.
A alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, afirmou nas redes sociais que esta extensão das sanções é uma forma de "acumular pressão" sobre Moscovo para que a guerra na Ucrânia chegue ao fim. "Cada sanção enfraquece a capacidade da Rússia de prosseguir com a guerra", destacou Kallas.
Desde a invasão em 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia tem contado com apoio financeiro e bélico dos seus aliados ocidentais, que também impuseram sanções a sectores fundamentais da economia russa, tentando assim limitar a capacidade de Moscovo de sustentar o seu esforço bélico. Até ao momento, a UE já implementou 17 pacotes de sanções contra a Rússia.