Trump e Zelensky preparam encontro após ratificação de acordo ucraniano

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou hoje que em breve terá uma conversa com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, após a ratificação do acordo de parceria económica por parte do parlamento de Kyiv. Este acordo diz respeito à exploração de recursos naturais na Ucrânia e foi formalizado após intensas negociações.

“Concluímos o acordo relativo às terras raras com a Ucrânia, que já foi aprovado pelo seu legislativo. Falarei com o Presidente Zelensky num futuro próximo”, afirmou Trump durante uma declaração na Casa Branca.

A ratificação do acordo foi confirmada pela ministra da Economia ucraniana, Ioulia Svyrydenko, que manifestou esperança de que este passo contribua para a obtenção de nova ajuda militar dos Estados Unidos, essencial face à agressão russa que a Ucrânia enfrenta há mais de três anos.

O documento aborda a extração de minerais, petróleo e gás, embora não inclua garantias de segurança para Kyiv. Svyrydenko sublinhou, no entanto, que o acordo não transformará a ajuda militar americana, concedida pelo ex-presidente Joe Biden desde 2022, em dívida, o que é um ponto positivo para a Ucrânia.

“Este não é um crédito, mas um investimento na economia ucraniana”, destacou a ministra, referindo que a nova assistência militar será considerada uma contribuição para um fundo de investimento conjunto. A Ucrânia compromete-se a destinar 50% das receitas oriundas de novas licenças para a exploração de recursos naturais para este fundo, que também será financiado e gerido em partes iguais pelas duas nações.

Contudo, o acordo não inclui as garantias de segurança que eram um desejo expresso de Kyiv. Uma versão anterior, proposta pela administração americana, foi considerada desfavorável e foi revista após intensas discussões.

A Ucrânia tem recebido apoio financeiro e de armamento dos seus aliados ocidentais desde que a Rússia lançou a invasão em fevereiro de 2022, e os aliados têm imposto sanções a sectores chave na Rússia para reduzir a sua capacidade de financiar a agressão militar.