Economia

Transporte ferroviário paralisado: 55% dos comboios cancelados até às 22h

há 11 horas

A greve legal dos revisores e bilheteiros resulta na anulação de 697 comboios. Profissionais lutam por melhores salários e condições de trabalho.

Transporte ferroviário paralisado: 55% dos comboios cancelados até às 22h

A greve parcial convocada pelos revisores e trabalhadores das bilheteiras da CP - Comboios de Portugal provocou a supressão de 697 comboios dos 1.267 programados entre as 00:00 e as 22:00, o que corresponde a 55% das ligações previstas, conforme informações confirmadas à Lusa.

Segundo a transportadora, nas ligações urbanas de Lisboa, dos 599 comboios inicialmente agendados, 254 (equivalente a 42,4%) foram cancelados. Para o serviço de longa distância, dos 75 comboios previstos, foram suprimidos 49 (65,3%).

No Porto, a situação é ainda mais grave: das 267 ligações urbanas previstas, 165 (ou 61,8%) não foram realizadas. Nos comboios regionais, 212 dos 294 programados não circularam, totalizando uma supressão de 72,1%.

Em declarações à Lusa, uma fonte do SFRCI - Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante, responsável pela convocação desta greve, informou que a adesão dos trabalhadores é total, embora estejam a ser cumpridos os 25% de serviços mínimos exigidos.

Luís Bravo, representante do sindicato, destacou que esta greve tem como objetivo exigir melhores condições salariais para todos os funcionários da CP. Ele também revelou que a paralisação, que começou às 05h00 e terminará às 08h30, irá prolongar os seus efeitos até terça-feira, afetando ainda a circulação na quarta-feira, dia 14.

O descontentamento dos trabalhadores é visível, refletindo uma luta que se estende desde 2010 por salários mais justos. Durante a semana passada, vários sindicatos participaram em greves, e entre quarta e sexta-feira não foram respeitados os serviços mínimos, levando à paralisação total dos comboios.

Os trabalhadores defendem o cumprimento de um acordo assinado em 24 de abril entre a administração da CP e os sindicatos, considerando que "o Governo não pode reivindicar os créditos da negociação se depois se esquiva das suas responsabilidades na execução".

Tags:
#GreveFerroviária #DireitosTrabalhadores #SaláriosJustos