"Stoichkov defende Mundial de Clubes e critica preocupações de jogadores"
O ex-jogador do Barcelona, Hristo Stoichkov, desaprova as críticas ao Mundial de Clubes, rebatendo figuras como Klopp e Raphinha sobre as exigências do futebol moderno e os altos salários.

Hristo Stoichkov, ex-futebolista búlgaro e ícone do Barcelona, veio a público para defender o renovado Mundial de Clubes, rebatendo as críticas de figuras como Jurgen Klopp e Raphinha. Em declarações à MARCA e ao El Mundo, Stoichkov expressou não compreender as objeções que têm surgido, especialmente tendo em conta os salários astronómicos que os jogadores e treinadores hoje em dia exigem.
“Não esperava tal atitude de Jurgen. Tenho imenso respeito por ele, mas talvez esteja um pouco decepcionado por o Salzburgo não estar presente no Mundial de Clubes. Quando o Liverpool participava, não se ouvia queixas. E quando recebem 20 milhões por ano, não há reclamações. É preciso respeitar estas competições”, afirmou Stoichkov.
O antigo atleta não poupou também críticas a Raphinha, que tinha mencionado que os jogadores se sentem obrigados a participar. “No próximo ano, há o Mundial de seleções, não podemos esquecer. Anteriormente, havia apenas duas substituições; agora são cinco, e mais uma se houver prolongamento. Queixar-se disso não me parece justo, parece que os outros não jogaram futebol também”, destacou.
As preocupações sobre a saúde dos jogadores foram levantadas por Klopp, que teme um aumento significativo de lesões devido ao calendário apertado. “Não se queixam quando recebem salários milionários. As diferentes competições não são o que eram, já temos seis equipas na Liga dos Campeões em Espanha, e os queixumes parecem desproporcionais. Preferem jogar na China ou Japão em vez de num evento de prestígio?”, questionou Stoichkov.
Por outro lado, Klopp referiu-se à FIFA como responsável por decisões que não levam em consideração a carga que os jogadores enfrentam. “O Mundial de Clubes é uma péssima ideia e temo que isso resulte em lesões graves. Este torneio está a ser realizado pelos motivos errados”, comentou à revista Die Welt.
Raphinha, por sua vez, expressou a sua frustração. “Temos que jogar porque é uma ordem. Abrir mão das férias para uma nova competição é muito difícil, e a FIFA nunca perguntou aos jogadores como se sentiam”, lamentou o ex-jogador do Sporting e Vitória SC.