O porta-voz do Livre critica a intenção de AD e IL em ultrapassar a troika, avisando para os perigos da extrema-direita e a necessidade de moderação política.
Rui Tavares, porta-voz do Livre, levantou today alarmes sobre a possível formação de uma maioria entre a Aliança Democrática (AD) e a Iniciativa Liberal (IL). Ele afirmou que tal coligação poderá significar um regresso a políticas ainda mais severas do que as da troika, acusando os seus líderes de estarem "com o rei na barriga".
Durante uma visita à AICEP Global Parques em Sines, Rui Tavares expressou a sua preocupação: "Se a AD e a IL se aproximam da maioria absoluta, é claramente esse o seu desejo. Este é um reflexo da sua visão política." O cenário agrava-se, segundo ele, caso se una a extrema-direita, que estaria disposta a bloquear qualquer governo de esquerda, mesmo que este possua mais apoio parlamentar.
O porta-voz do Livre criticou a dinâmica entre a AD e a IL, mencionando uma aparente "divisão de tarefas". Enquanto alguns assumem uma abordagem de austeridade "de uma forma mais suave", outros, como os da extrema-direita, promovem uma agenda de medo e discriminação.
"Há um consenso entre eles. André Ventura, presidente do Chega, tem proposto constantemente revisões constitucionais, enquanto a IL também apresenta as suas. Se não conseguirem uma maioria, tentarão legislar de modo a garantir a sua agenda", explicou.
Tavares ressaltou que a crescente radicalização da direita representa um risco não só para o país, mas para o equilíbrio do sistema político. Ele apelou aos eleitores que não deixem a situação seguir o seu curso e que se lembrem da importância do voto para restaurar a moderação.
Concluindo, Tavares advertiu que a direita já se sente vitoriosa antes das eleições e pediu à população que reflita antes de depositar o seu voto, reconhecendo que é crucial travar o avanço populista e extremista na política portuguesa.