Para 2025, o RIR defende um salário mínimo de 1.200€, 35h semanais e várias medidas na Justiça, Segurança, Habitação e Saúde, com foco no reforço dos direitos sociais.
O partido RIR apresenta um ambicioso programa eleitoral de cinco páginas, no qual defende que o salário mínimo seja elevado para 1.200€ ainda em 2025, bem como um aumento de 10% dos restantes vencimentos, acompanhados da implementação de uma semana laboral de 35 horas para todos.
Para aliviar a pressão sobre os trabalhadores e incentivar a competitividade das empresas, o RIR propõe reduzir a Taxa Social Única (TSU) para 8% para os trabalhadores e 15% para as empresas. O programa inclui, ainda, o reajuste das pensões mínimas e o estabelecimento de um limite de acumulação de subsídios, fixado ao valor do salário mínimo.
No âmbito da Justiça, o partido defende o agravamento das penas para crimes como a corrupção, a violência doméstica e os delitos ambientais, bem como a extinção das prescrições para corrupção e abuso sexual. Em matéria de segurança, propõe a instalação sistemática de videovigilância nas ruas e o uso obrigatório de bodycams por todos os agentes, associado ao reforço dos meios humanos e técnicos das forças de segurança.
Relativamente à habitação, o RIR assinala a necessidade urgente de combater o bloqueio no acesso ao lar, prometendo libertar pelo menos 50.000 casas em grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, e reforçar a oferta de alojamento universitário. Complementarmente, defende a redução da carga fiscal sobre rendas e o investimento na construção e reabilitação de habitação pública acessível.
No setor da saúde, o programa aposta em aumentar o limite de horas extraordinárias para os profissionais e aplicar as 35 horas semanais em toda a generalidade dos trabalhadores. Propõe, ainda, reforçar o Serviço Nacional de Saúde com mais profissionais, novos hospitais e incentivos que valorizem as carreiras, promovendo a exclusividade no SNS.
Embora tenha obtido apenas 0,40% dos votos nas eleições legislativas de 10 de março de 2024 – sendo o segundo partido mais votado entre aqueles que não entraram na Assembleia da República, logo após a Alternativa Democrática Nacional (ADN) –, o RIR procura posicionar-se como uma voz importante na defesa dos direitos sociais e na transformação das políticas públicas em Portugal.