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Protestos no Paquistão: A repressão policial marca o "Dia Negro"

O partido de Imran Khan organizou manifestações por todo o Paquistão, exigindo a libertação do ex-primeiro-ministro, em meio a uma forte presença policial que resultou em centenas de detenções.

há 3 horas
Protestos no Paquistão: A repressão policial marca o "Dia Negro"

O Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), liderado pelo ex-primeiro-ministro Imran Khan, mobilizou protestos em várias cidades do Paquistão para assinalar o "Dia Negro", marcando dois anos desde a detenção de Khan, acusado de corrupção.

As autoridades proibiram estas manifestações e reforçaram a segurança em áreas como Lahore, onde milhares de polícias foram destacados, conforme fonte policial citada pela agência EFE. Durante a ação policial, foram detidos mais de 200 membros do PTI, incluindo sete deputados provinciais, conforme informou Zulfikar Bukhari, porta-voz do partido.

Embora o número total de detenções não tenha sido confirmado oficialmente, vídeos partilhados pelo PTI mostram forças de segurança a vandalizar autocarros e bandeiras do partido, assim como a invadir residências de apoiantes.

Mesmo diante da repressão, o PTI decidiu expressar a sua descontentamento junto ao parlamento, onde alguns dos seus deputados tentaram marchar até à prisão de Adiala, onde Khan se encontra detido. No entanto, todos foram impedidos pela polícia.

Em comunicado, o PTI denunciou a criminalização do seu líder, indicando que Khan está privado de direitos humanos fundamentais e enfrenta limitações severas no acesso à sua defesa legal e à família.

Através da rede social X, uma conta que se presume ser de Khan apelou aos seus apoiantes para que se juntassem ao protesto pacífico em prol da verdadeira democracia.

Hoje marca não só o segundo aniversário da detenção de Khan, mas também relembra a sua influência na política paquistanesa, onde continua a ser uma figura popular, mesmo após condenações em múltiplos casos, incluindo penas que o impedem de ocupar cargos públicos.

A atual situação política no Paquistão, especialmente após a primeira detenção de Khan em maio de 2023, gerou uma onda de violência que incluiu ataques a instalações militares.

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