A Rússia expressou descontentamento pela rejeição da Ucrânia a uma trégua de três dias, alegando que visa avaliar a disposição de Kiev para a paz.
Hoje, a Rússia manifestou a sua desapontamento face à negativa da Ucrânia em aceitar uma proposta de trégua de três dias, que tinha como propósito “avaliar a disposição de Kiev” para alcançar a paz, conforme afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma trégua para os dias 08, 09 e 10 de maio, coincidente com as celebrações do 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial, evento que ele presidirá em Moscovo.
O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou a oferta, considerando-a insuficiente para diálogos e encaixando-se numa estratégia de Putin para impressionar líderes estrangeiros. Zelensky insistiu na necessidade de um cessar-fogo de, pelo menos, 30 dias.
Dmitri Peskov explicou que o objetivo da trégua era avaliar se Kyiv está disposta a procurar um caminho para uma paz estável a longo prazo. O porta-voz russo manifestou a esperança de que a Ucrânia emitisse “declarações claras e, sobretudo, ações que possam contribuir para a redução das tensões” no conflito.
Peskov, por outro lado, argumentou que a hesitação da Ucrânia em responder à proposta russa revela que a sua ideologia está enraizada no neonazismo, uma afirmação que se baseia em retóricas anteriores de Putin sobre a necessidade de desnazificar a Ucrânia.
A celebração do dia 09 de maio contará com uma parada na Praça Vermelha, com a expectativa da presença de aproximadamente duas dezenas de líderes internacionais, incluindo o Presidente chinês, Xi Jinping, e o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.