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Presidente da Suíça em missão nos EUA para renegociar tarifas aduaneiras

Karin Keller-Sutter e Guy Parmelin partem hoje para os Estados Unidos com o objetivo de negociar tarifas elevadas aplicadas às exportações suíças antes da sua implementação.

há 2 horas
Presidente da Suíça em missão nos EUA para renegociar tarifas aduaneiras

A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, acompanhada pelo vice-presidente Guy Parmelin, embarca hoje rumo aos Estados Unidos com uma missão clara: renegociar as taxas aduaneiras que ameaçam as exportações do país. O foco está na tentativa de chegar a um entendimento com a administração de Donald Trump antes da aplicação de tarifas que deverão entrar em vigor a 7 de agosto.

Atualmente, as exportações suíças enfrentam uma tarifa de 39% ao serem enviadas para o mercado norte-americano, a taxa mais elevada aplicada a países europeus. O Conselho Federal da Suíça revelou que este encontro inesperado visa “melhorar a situação tarifária da Suíça”.

Keller-Sutter e Parmelin lideram uma delegação que inclui também secretários de Estado das Finanças e da Economia. A intenção é criar uma proposta mais apelativa para os Estados Unidos, que ajude a reduzir as chamadas ‘taxas recíprocas’ e que, ao mesmo tempo, respeite as preocupações expressas pelas autoridades norte-americanas.

Na segunda-feira, o Conselho Federal reiterou o seu desejo de manter boas relações económicas com os Estados Unidos, particularmente após os anúncios de tarifas feitos pela Casa Branca. A administração Trump justifica estas taxas elevadas pelo défice comercial substancial que se cifra em aproximadamente 40 mil milhões de dólares (cerca de 34 mil milhões de euros) em 2024.

Após um período em que Washington aplicou uma tarifa de 31% sobre produtos suíços, o governo norte-americano tinha reduzido temporariamente a taxa para 10% durante uma trégua negociadora, mas a pressão volta a aumentar, com a nova aplicação prevista em breve.

Estas altas tarifas representam um desafio significativo para a economia helvética, especialmente considerando que os produtos farmacêuticos correspondem a mais de metade das exportações do país. O impacto das taxas pode levar a uma redução do crescimento anual entre 0,3% a 0,6%, com um possível efeito ainda maior no Produto Interno Bruto (PIB), que pode ultrapassar 0,7%, conforme a solução adotada para os produtos farmacêuticos, de acordo com o especialista em Economia Hans Gersbach.

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