Preocupação Portuguesa com a Escalada de Conflito em Gaza

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal manifestou, através de uma declaração na rede social X, a sua "profunda preocupação com os planos de expansão" das operações militares de Israel na Faixa de Gaza, destacando que "a situação humanitária é insustentável".

O ministério, liderado por Paulo Rangel, reiterou a necessidade urgente de um "cessar-fogo imediato", de "libertação dos reféns" e da "retoma em grande escala da ajuda humanitária". Nos recentes ataques israelitas, pelo menos 92 pessoas, incluindo mulheres, crianças e dois jornalistas, perderam a vida, conforme reportado pelas autoridades do enclave palestiniano.

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, expressou recentemente incertezas quanto à sobrevivência de três reféns que foram até então considerados vivos. Este cenário alarmante ocorre após a aprovação de um plano israelita para intensificar as operações em Gaza, que inclui uma série de medidas controversas.

Um grupo de mais de 30 especialistas independentes da ONU fez um apelo para que os estados actuem de imediato para evitar a "aniquilação dos palestinianos" na região. Os especialistas, que atuam sob o Conselho de Direitos Humanos da ONU, advertiram que a escolha de cada estado é clara: ser testemunha do massacre ou contribuir para uma resolução justa.

O governo israelita, por sua vez, justifica as suas acções com o objectivo de destruir o Hamas e garantir a libertação dos reféns, após o ataque devastador de 7 de Outubro que resultou em milhares de fatalidades. Os dados locais indicam que a guerra em Gaza já provocou mais de 52.000 mortes, a maioria civis, além de centenas de milhares de feridos e desaparecidos.

A situação em Gaza continua a agravar-se, com Israel a restringir a entrada de alimentos, água e medicamentos desde Março, exacerbando as condições de vida da população local.