Portugal apela à Índia e Paquistão para resolverem conflito de forma pacífica

O Governo português reiterou hoje um apelo à redução das tensões entre a Índia e o Paquistão, enfatizando a necessidade de um rápido retorno ao diálogo. Segundo uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros, liderado por Paulo Rangel, "Fazemos um forte apelo a ambas as partes para que se reduza o clima de tensão e para que possam entrar rapidamente em processo de diálogo".

As forças armadas indiana e paquistanesa têm estado em confronto na fronteira em Caxemira, seguindo a troca de ataques após incidentes violentos recentes. Esta escalada de hostilidades teve início em 22 de abril, com um ataque armado na região turística de Pahalgam, na Caxemira indiana, que resultou na morte de 26 civis, atribuído ao grupo extremista Lashkar-e-Taiba, baseado no Paquistão.

Embora Islamabad tenha negado qualquer envolvimento no ataque, as relações entre os dois países, que têm estado em conflito desde a sua independência do Reino Unido em 1947, agravaram-se consideravelmente. Nos dias seguintes ao ataque, cidadãos de ambos os países foram ordenados a abandonar os respetivos territórios e a Linha de Controlo em Caxemira tem sido marcada por novos incidentes.

Na terça-feira à noite, o Governo indiano realizou ataques aéreos em três localidades no Paquistão, alegando que estas eram "bases terroristas" na província de Punjab. O Paquistão respondeu afirmando ter derrubado vários aviões militares indianos, resultando em uma série de bombardeamentos que causaram a morte de pelo menos 38 pessoas, tornando este confronto o mais mortal em duas décadas.