O líder do PCP partilha a sua realidade financeira e estilo de vida numa entrevista com Júlia Pinheiro, sublinhando a sua proximidade à vida quotidiana.
Na edição de quarta-feira, dia 30, do programa de Júlia Pinheiro, Paulo Raimundo, secretário-geral do Partido Comunista Português, foi o convidado principal. Durante a conversa, abordou a sua trajetória pessoal e profissional, desde o trabalho no partido até à sua recente eleição como deputado na Assembleia da República.
Questionado se ser deputado era um sonho, Paulo respondeu: "Nunca foi uma ambição minha. O meu foco sempre esteve em contribuir para o avanço do meu partido, o que, por sua vez, implica a melhoria das condições de vida do nosso povo".
Apesar das novas funções, o deputado assegura que a sua rotina diária mantém-se inalterada. "As tarefas do dia a dia não mudaram. Se há compras para fazer, vou eu mesmo", disse, destacando a continuidade da sua vida simples.
Relativamente à sua situação financeira, o secretário-geral revelou que, mesmo sendo deputado, não houve grandes alterações no seu ordenado. "Nós, eleitos do PCP, não pretendemos ser beneficiados ou prejudicados. Recebo como qualquer outro deputado, mas mantenho apenas o salário que já tinha. A vida que levo é sustentada com cerca de 900 euros líquidos, mais o salário da minha esposa", explicou.
Paulo também falou sobre a sua habitação, afirmando ter encontrado uma casa de 96 metros quadrados na Quinta da Fonte da Prata, um bairro que aprecia. "Comprei-a por 80 mil euros há algum tempo", revelou, acrescentando que se desloca num modesto Fiat Panda.