Desporto

Luís Godinho defende maior transparência na arbitragem para diminuir controvérsias

O árbitro Luís Godinho apela a uma maior clareza nos processos de decisão para reduzir as polémicas após os jogos de futebol, numa sessão sobre as novas diretrizes para a época.

28/07/2025 20:30
Luís Godinho defende maior transparência na arbitragem para diminuir controvérsias

O árbitro Luís Godinho enfatizou a necessidade de a arbitragem "sair da bolha" e tornar o processo de decisão mais transparente para o público, a fim de minimizar o "ruído" que se gera após os jogos de futebol em Portugal. Durante uma sessão dedicada às orientações para a temporada 2025/26 e às mudanças nas Leis de Jogo, realizada na Cidade do Futebol, em Oeiras, Godinho afirmou: "Quanto mais claro for o processo de decisão, melhor será para o público e menos será a confusão."

Luís Godinho, integrante da Associação de Futebol de Évora, manifestou-se disposto a prestar esclarecimentos sobre as suas decisões em campo, considerando que esta abertura tem sido benéfica: "Sempre defendi a comunicação com a imprensa e a necessidade de esclarecer o público, o que trouxe benefícios não só para mim, mas para a arbitragem portuguesa."

O árbitro também aludiu a uma controvérsia ocorrida na final da Taça de Portugal entre o Sporting e o Benfica, onde um lance entre Matheus Reis e Andrea Belloti foi debatido. Godinho assegurou que o assunto foi analisado internamente pela equipa de arbitragem e expressou a convicção de que, na Supertaça, a equipa liderada por Fábio Veríssimo demonstrará a qualidade da arbitragem nacional: "Estamos prontos para dar uma resposta firme e honesta."

Durante a sessão, Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem, trouxe à tona a importância da colaboração entre árbitros, observadores e representantes de clubes para fomentar um futebol mais profissional e menos conflituoso: "É essencial comunicar mais e ouvir melhor, para um futebol centrado no que realmente conta."

O diretor técnico nacional de arbitragem, Duarte Gomes, detalhou várias mudanças regulatórias, destacando o novo foco em contactos dentro da área, ressaltando que um atacante não será favorecido ao provocar contacto e perder a posse. Além disso, explicou que faltas como o late tackle precisam de sanções adequadas se houver negligência ou excesso de força.

Agora, se um jogador tocar a bola acidentalmente com os dois pés ao cobrar um penálti, o remate será considerado inválido e repetido no caso de golo, enquanto se a bola não entrar, será marcado um livre indireto a favor do guarda-redes.

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