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Julgamento de Jair Bolsonaro começa em setembro com acusações graves

O Supremo Tribunal Federal do Brasil agendou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados para 2 de setembro, ligados a uma suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022.

15/08/2025 20:00
Julgamento de Jair Bolsonaro começa em setembro com acusações graves

O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil estabeleceu o dia 2 de setembro como a data para o início do julgamento de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, juntamente com sete de seus ex-colaboradores, todos acusados de tentarem orquestrar um golpe de estado.

O anúncio foi feito pelo presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, que também indicou que as audiências poderão se estender para os dias 3, 9, 10 e 12 do mesmo mês. O caso centra-se numa alegada tentativa de Bolsonaro de se manter no poder após a sua derrota nas eleições de 2022.

O pedido de agendamento do julgamento foi feito pelo relator do processo, Alexandre de Moraes, após a entrega das alegações finais pelos oito réus. Entre os réus, além de Bolsonaro, estão quatro dos seus ex-ministros: Anderson Torres, Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira.

O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), Alexandre Ramagem, e o coronel Mauro Cid, que foi assessor pessoal de Bolsonaro durante o seu mandato, também estão entre os acusados.

Todos os réus enfrentam diversas acusações, incluindo a tentativa de golpear o Estado, tentativa de abolição do Estado de direito, e danos ao património público. A Procuradoria-Geral da República, sob a liderança de Rodrigo Janot, afirma que Bolsonaro não aceitou os resultados eleitorais, o que gerou uma onda de protestos e uma crise institucional, com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.

Após o insucesso das suas iniciativas, é alegado que os réus instigaram os ataques a Brasília em 8 de janeiro de 2023, onde seguidores de Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes, vandalizando-as.

Na sua defesa, Bolsonaro rejeitou veementemente todas as acusações, através de seus advogados, que solicitaram a absolvição do ex-presidente, afirmando que as alegações são "absurdas" e carecem de qualquer prova concreta.

Este processo criminal criou também tensões diplomáticas e comerciais, particularmente com os Estados Unidos, onde o ex-presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% a produtos brasileiros, classificando o julgamento de Bolsonaro como uma "perseguição política". Trump reiterou a sua suporte a Bolsonaro, considerando-o um importante líder da direita na América Latina.

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