Incêndio em Mêda causa ferimentos a quatro bombeiros
Quatro bombeiros da Mêda sofreram ferimentos a combater um incêndio em Paipenela, sendo hospitalizados. Dois já estão de alta, enquanto os restantes recebem tratamento para queimaduras.

Quatro membros do corpo de bombeiros da Mêda ficaram feridos durante as operações de combate a um incêndio em Paipenela, esta quinta-feira. Após serem assistidos, foram transportados para o Hospital da Guarda. Segundo informações do vice-presidente da câmara, César Figueiredo, dois dos bombeiros já tiveram alta, enquanto os outros continuam internados devido a queimaduras de segundo grau, mas sem risco de vida.
Atualmente, verificam-se frentes de fogo ativas nas localidades de Vale Flor, bem como entre Prova e Aveloso, na zona norte do concelho do distrito da Guarda. A última dessa frente encontra-se próxima da sede do município, aumentando a preocupação local.
"O incêndio está a avançar com grande intensidade, alimentado pelas condições do vento, que complicam os esforços dos operacionais", acrescentou Figueiredo.
O autarca informou que as equipas estão posicionadas nas entradas das localidades com o intuito de conter as chamas, mas alertou para a necessidade urgente de apoio aéreo para controlar a situação, que está a tornar-se difícil.
Até ao momento, estima-se que já tenham ardido entre 5.000 a 6.000 hectares na área, incluindo pastos, florestas e algumas habitações secundárias. Há também a preocupação com a morte de diversos animais, como ovelhas e cabras, devido ao pânico provocado pelas chamas.
Figueiredo expressou descontentamento pela organização do plano operacional, sugerindo que a coordenação poderia ser mais eficiente, já que os bombeiros locais têm um conhecimento mais profundo do terreno em comparação com as equipas externas.
Além disso, o autarca destacou que este incêndio teve origem numa ignição direta em A do Cavalo, no concelho vizinho de Trancoso, e pediu às autoridades que intensifiquem a busca por responsáveis, em defesa do território afetado, ressaltando a importância de uma justiça punitiva para tais atos.
Figueiredo lamentou que, ano após ano, a região e o país enfrentem o mesmo problema, apontando para a falta de medidas preventivas no inverno, além da necessidade de um suporte mais robusto para autarquias e agricultores, uma vez que a situação continua a agravar-se.