Desporto

Gianni Infantino provoca controvérsia ao atrasar a abertura do 75.º Congresso da FIFA no Paraguai

há 9 horas

O atraso do presidente da FIFA, Gianni Infantino, no 75.º congresso gerou uma onda de descontentamento, com dirigentes europeus a protestarem contra interesses políticos que prevaricaram a modalidade.

Gianni Infantino provoca controvérsia ao atrasar a abertura do 75.º Congresso da FIFA no Paraguai

O 75.º Congresso da FIFA, realizado no Paraguai, foi marcado por uma situação polémica causada pelo atraso do seu presidente, Gianni Infantino. O dirigente chegou de jato privado do Qatar, após uma semana de reuniões com líderes políticos como Donald Trump e o príncipe regente Mohammed Bin Salman, resultando num início do evento com três horas de atraso.

A UEFA manifestou a sua insatisfação, considerando o atraso "profundamente lamentável" e que este parece ter sido causado por interesses políticos pessoais, relegando o futebol para um segundo plano. Entre os protestos, vários dirigentes europeus, incluindo o presidente da UEFA, Alexander Ceferin, abandonaram a sala durante a sessão.

Durante o seu discurso, Infantino afirmou que a FIFA "está a unir o mundo", mas evitou, pelo segundo ano consecutivo, uma conferência de imprensa com jornalistas. No final do evento, pediu desculpas pelo atraso, justificando os encontros no Médio Oriente como uma forma de representar todas as federações e o futebol global. No entanto, até o presidente paraguaio, Santiago Peña, teve de esperar para fazer o seu discurso devido a esta situação.

Um dos pontos debatidos foi a interpelação da federação da Palestina sobre uma investigação do Conselho Disciplinar da FIFA relacionada com alegações de discriminação contra a federação de Israel. A dirigente palestiniana, Susan Shalabi, pediu um prazo de um mês para que a FIFA tome medidas e foi aplaudida, embora não tenha havido resposta por parte de nenhuma federação, incluindo Israel.

No que diz respeito às finanças da FIFA, foram apresentados resultados robustos para o período de 2023-2026, prevendo-se receitas recordes de 13 mil milhões de euros, com destacadas cifras a provirem do Mundial de clubes deste verão. As 190 federações presentes aprovaram por unanimidade os relatórios financeiros e um plano de desenvolvimento que compromete 12,9 mil milhões em gastos.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Pedro Proença, participou pela primeira vez no Congresso e teve a oportunidade de reunir-se com federações do espaço lusófono e os organizadores do Mundial de 2026, além de planeamentos para o Mundial de 2030, que se realizará em conjunto com Espanha e Marrocos.

O próximo congresso da FIFA está agendado para 30 de abril de 2026, na cidade canadiana de Vancouver, pouco antes do início de um jogo do Mundial que irá decorrer em conjunto no Canadá, Estados Unidos e México.

Tags:
#FIFACongresso #GianniInfantino #FutebolEmFoco