Felca opta por não monetizar vídeo sobre adultização infantil, apesar de potenciais ganhos elevados
O influenciador brasileiro Felca denunciou a exposição de crianças nas redes sociais num vídeo viral, que poderia ter rendido cerca de 15 mil euros, mas decidiu não monetizá-lo.

Na sua mais recente contribuição ao debate sobre a proteção das crianças nas redes sociais, o youtuber e influencer brasileiro Felipe Pereira, conhecido como Felca, lançou um vídeo que tem gerado grande repercussão. Com foco na problemática da “adultização” infantil, Felca expõe como os algoritmos das plataformas como Instagram podem ser manipulados, colocando crianças em risco de exposição indevida.
O vídeo, publicado a 7 de agosto, rapidamente se tornou viral, acumulando mais de 38 milhões de visualizações no YouTube em apenas uma semana. A popularidade da peça levou, inclusive, a solicitações formais de uma Comissão Parlamentar de Inquérito por parte de senadores brasileiros, visando explorar a exploração de crianças nas redes sociais.
Apesar do potencial financeiro significativo que a monetização poderia trazer, Felca decidiu não monetizar o vídeo. De acordo com a revista Veja, se tivesse optado pela monetização, os ganhos poderiam ter até ultrapassado 100 mil reais, o que equivale a cerca de 15,8 mil euros.
Esta escolha por não monetizar o conteúdo conferiu-lhe uma maior credibilidade e valor ao discurso, algo que já havia sido notado com um vídeo anterior de sucesso, relacionado com um teste de maquilhagem na influencer Virginia Fonseca.
O impacto do vídeo foi sentido não só no Brasil, onde recebeu comentários de figuras públicas como o presidente Lula da Silva, que destacou a importância da denúncia feita, como também em Portugal. O apresentador Nuno Markl manifestou-se nas redes sociais, ressaltando a relevância do vídeo de Felca, sublinhando a necessidade de abordar problemas sérios numa era que frequentemente desvia a atenção para questões menos urgentes.