Política

BE propõe acordo escrito mas rejeita a "estabilidade enganadora"

há 2 horas

Mariana Mortágua, coordenadora do BE, mostrou-se aberta a um acordo à esquerda, mas criticou a ideia de "estabilidade enganadora" promovida por outros partidos.

BE propõe acordo escrito mas rejeita a "estabilidade enganadora"

Mariana Mortágua, a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda (BE), manifestou-se hoje favorável a um entendimento escrito à esquerda, sublinhando, no entanto, a necessidade de evitar campanhas que chantageiem os eleitores com promessas de uma "estabilidade enganadora".

Em declarações feitas aos jornalistas durante uma visita ao Bairro do Zambujal, na Amadora, Mortágua disse: "Não creio que este tipo de campanha, que intimida os cidadãos com a promessa de uma falsa estabilidade, possa realmente trazer segurança ao país." A líder do BE afirmou que um eventual voto em qualquer um dos líderes partidários não garante a estabilidade que se promete.

Mortágua referiu-se a Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, que expressou a intenção de trabalhar em busca de uma solução política estável após as eleições, recordando as suas experiências anteriores. Para Mariana, a verdadeira estabilidade resulta da aprovações de medidas que realmente beneficiem a população: "A estabilidade virá se tivermos deputados a apoiar propostas que melhorem a vida das pessoas."

A líder do BE advertiu que promessas não cumpridas podem desencadear frustração e revolta entre a população, gerando instabilidade política e social.

Mortágua reiterou a sua disposição para um possível acordo, desde que haja um compromisso genuíno com questões como salários, habitação e saúde. "A nossa presença no parlamento será marcada pelo compromisso com as medidas que defendemos nesta campanha. Estaremos dispostos a dialogar com todos aqueles que queiram unir-se a nós nesse objetivo", afirmou.

Em resposta a declarações recentes de Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, que afirmou que a esquerda está derrotada, Mortágua defendeu a importância do voto de todos, independentemente da sua situação socioeconómica. "Cada voto, seja de quem trabalha em turnos, ou de quem luta para dar um futuro melhor aos filhos, conta tanto quanto o de qualquer banqueiro", enfatizou.

"Se todos que trabalham e lutam votarem, seremos a maioria. E a esquerda está aqui para representar e defender essa massa trabalhadora ao longo desta campanha", concluiu.

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