Atrasos e Cancelamentos Afetam Voos em Lisboa Devido a Greve
A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies resulta em 19 voos cancelados no Aeroporto de Lisboa, levando à necessidade de os passageiros confirmarem seus itinerários com as companhias aéreas.

A greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, anteriormente conhecida como Groundforce, já provocou o cancelamento de 19 voos no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, incluindo nove chegadas e dez partidas, conforme informações fornecidas pela ANA – Aeroportos de Portugal.
A empresa gestora do aeroporto aconselha todos os passageiros que têm voos sob a operação da Menzies a entrarem em contacto com as suas companhias aéreas para confirmar o estado dos voos antes de se dirigirem ao aeroporto.
Segundo Carlos Araújo, representante do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), até às 15 horas, foram reportados pelo menos 25 voos que partiram apenas com passageiros, sem qualquer bagagem ou carga. "É possível que a situação esteja a ser uma verdadeira confusão, pois em alguns casos os passageiros estão a ser permitidos a embarcar com a sua bagagem para tentar contornar o problema", ressaltou.
O SIMA, que representa cerca de 4% dos aproximadamente 3.600 trabalhadores da Menzies, apontou que cerca de 80% dos seus associados participaram na paralisação, à qual se juntaram também trabalhadores de outros sindicatos.
A greve, que teve início à meia-noite de hoje, está prevista para prolongar-se até às 24:00 de segunda-feira e faz parte de um total de cinco greves de quatro dias agendadas para os fins de semana até início de setembro. Os períodos de greve em agosto estão marcados para 8 a 11, 15 a 18, 22 a 25 e 29 de agosto a 1 de setembro.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão o fim de salários abaixo do salário mínimo nacional, pagamento de horas noturnas, melhores condições salariais e a manutenção do acesso ao parque de estacionamento em condições anteriores.
O SIMA também denunciou, em comunicado, a existência de "graves falhas de segurança" nos serviços da SPdH/Menzies, como a presença de apenas um técnico em cada porta de embarque e de trabalhadores sem formação adequada a prestar serviço para a companhia Delta.
Outra preocupação expressa no comunicado do sindicato refere-se a procedimentos "inseguros", como a solicitação de carregamento de bagagens por telefone entre departamentos, o que consideram uma violação das normas de segurança aeroportuária.
Cerca de 30 voos partiram sem bagagens embarcadas, gerando "sérios transtornos" aos passageiros que chegam ao destino. O sindicato questiona ainda a ausência de inspetores da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) e da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) nos aeroportos, e pede uma ação urgente das entidades competentes.
O Tribunal Arbitral determinou serviços mínimos para garantir a assistência a todos os voos em situações críticas de segurança, incluindo emergências, voos militares e da TAP com escalas noturnas na Europa, assim como ligações regulares entre Lisboa e os Açores e Madeira, bem como do Porto para os arquipélagos.