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Ataques israelitas na Síria provocam quatro fatalidades, incluindo soldados

Quatro pessoas, sendo três militares, morreram em ataques aéreos israelitas no sul da Síria e nos arredores de Damasco, conforme reportagens locais.

26/08/2025 23:11
Ataques israelitas na Síria provocam quatro fatalidades, incluindo soldados

Os ataques israelitas na Síria resultaram na morte de pelo menos quatro indivíduos, entre os quais se incluem três soldados do exército sírio. Um drone israelita atingiu um edifício militar da 44.ª divisão em Kesweh, perto de Damasco, segundo um responsável do Ministério da Defesa que falou à agência de notícias France-Presse (AFP), solicitando anonimato.

A agência oficial síria, Sana, noticiou também a morte de um jovem em consequência de um bombardeio israelita que atingiu uma residência na aldeia de Tarnaja, situada no planalto do Golã, parte do território sírio ocupado por Israel.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou os ataques, considerando-os uma agressão ao seu território que resultou na morte do jovem. Desde a queda do regime do Presidente Bashar al-Assad em dezembro de 2024, Israel tem realizado múltiplas operações militares, alegando a necessidade de atacar alvos associados a grupos hostis. Ao mesmo tempo, o país está em diálogo com as novas autoridades sírias.

Recentemente, Damasco denunciou incursões israelitas na província de Quneitra e expressou preocupação com as detenções de civis e a presença israelita no Monte Hermon. O ministério enfatizou que tais ações violam a Carta das Nações Unidas e ameaçam a paz regional.

Na semana passada, Israel anunciou operações no sul da Síria, destacando a descoberta e apreensão de instalações de armazenamento de armas, além de detenções de suspeitos.

As reações internacionais não se fizeram esperar. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia condenou os ataques, enfatizando a agressão à soberania síria, uma posição também apoiada pela Arábia Saudita. O Qatar apelou à comunidade internacional para tomar medidas efetivas contra a ocupação israelita.

Após a mudança de poder na Síria, Israel reforçou a presença militar na zona desmilitarizada sob a égide das Nações Unidas, situada no planalto do Golã. Apesar da histórica animosidade entre ambos os países, um diálogo sem precedentes tem-se desenrolado com a ajuda dos Estados Unidos.

No dia 19 de agosto, o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Assaad Al-Chaibani, encontrou-se com uma delegação israelita em Paris para abordar a escalada das tensões nas relações entre os países, com foco no retorno ao acordo de retirada de 1974 que instituiu a zona tampão.

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