A Evolução da Inflação em Espanha e Alemanha: O Que Dizer?
Em julho, a inflação em Espanha atingiu 2,7%, enquanto na Alemanha se mantiveram os 2%. Analistas apontam para flutuações nos preços da energia e alimentos como principais fatores.

A inflação em Espanha registou um aumento homólogo de 2,7% em julho, representando uma subida de quatro décimas em comparação com o mês anterior. Esta alteração deve-se, em grande parte, ao aumento dos preços da eletricidade, combustíveis e lubrificantes, conforme reportado pelo Instituto Nacional de Estatística espanhol (INE).
No mesmo relatório, o INE revelou que a taxa de inflação subjacente, que exclui a energia e os alimentos frescos, subiu para 2,3%, enquanto a inflação dos produtos alimentares desceu para 2,7%.
A aceleração da inflação geral em Espanha é atribuída principalmente ao aumento dos preços da eletricidade, especialmente quando comparado com as descidas observadas no ano passado. Adicionalmente, o aumento nos preços dos combustíveis e lubrificantes para veículos particulares contribuiu para esta tendência.
Por outro lado, o cenário em Espanha mostra uma ligeira descida de 0,1% na inflação em cadeia, quando comparada com junho, após nove meses consecutivos de crescimento desde setembro do ano anterior.
Na Alemanha, a situação é ligeiramente diferente. A agência federal de estatística alemã (Destatis) reportou que a taxa de inflação de julho se manteve em 2% face ao ano anterior, com um aumento de 0,3% em relação a junho. Ruth Brand, presidente da Destatis, observou que a inflação estabilizou desde o início do ano, sem alterações significativas nos últimos dois meses.
Segundo Brand, o recuo nos preços da energia continua a oferecer alívio ao aumento geral dos preços, enquanto os serviços continuam a ver um aumento acima da média. No cálculo do IPC harmonizado, que segue critérios europeus, a inflação foi de 1,8% em termos homólogos e 0,4% em relação ao mês anterior.
Em termos específicos, a energia experimentou uma descida de 3,4% em julho, enquanto os preços dos alimentos e serviços aumentaram em 2,2% e 3,1%, respetivamente. A inflação subjacente na Alemanha, sem considerar alimentos e energia, permaneceu inalterada em 2,7%.