O ex-ministro levantou questões sobre a empresa familiar de Montenegro e alertou para riscos na Segurança Social, acusando a AD de protecionismo.
José António Vieira da Silva discursou esta tarde no Theatro Circo, em Braga, onde teceu críticas incisivas a Luís Montenegro sobre a sua empresa familiar e apelou à reflexão sobre a Segurança Social e os riscos associados à extrema-direita.
O antigo ministro desafiou o público com uma questão que, segundo ele, muitos preferem evitar: "É aceitável que um primeiro-ministro em funções acumule o seu cargo com a gestão de uma empresa privada e familiar, operando a partir de casa e utilizando o seu telefone pessoal? Pode?", perguntou, recebendo uma resposta negativa em coro da audiência.
Para Vieira da Silva, é essencial não permitir a existência de conflitos e ambiguidade. Ele questionou a falta de coragem de Luís Montenegro em abordar a situação da sua empresa, afirmando que "quem propõe silenciar esta discussão está a tentar proteger a imoralidade que representa".
Durante o seu discurso, abordou também a temática das pensões e o papel da Segurança Social, criticando a atitude da AD em relação aos pensionistas. "Para reconquistar a confiança dos aposentados, precisam de demonstrar mais do que ações pontuais como os apoios de setembro. É necessário provar que mudaram, mas a verdade é que não o fizeram," frisou, utilizando a metáfora do escorpião da fábula, em alusão à natureza repetitiva da AD.