A greve dos trabalhadores da CP resultou na supressão de 62,3% dos comboios programados até às 19h00, com forte impacto nos serviços, incluindo os de longo curso e urbanos.
A greve dos trabalhadores da Comboios de Portugal (CP) teve um grande impacto na circulação ferroviária, com a supressão de 668 comboios, o que equivale a 62,3% dos 1.072 previstos para o período entre a meia-noite e as 19h00, conforme informações fornecidas pela empresa.
No serviço de longo curso, estavam agendados 66 comboios, mas 51 acabaram por ser cancelados. No serviço regional, 189 dos 251 comboios programados não circularam. Em Lisboa, a situação não foi melhor, com 250 comboios suprimidos, o que representa metade do total previsto, enquanto no Porto foram realizados apenas 67 dos 227 comboios agendados.
Em Coimbra, dos 28 comboios urbanos programados, 18 foram cancelados. No entanto, em relação aos serviços mínimos, foram cumpridos 110 dos 115 comboios planeados.
Os maquinistas e revisores da CP encontram-se hoje no penúltimo dia de uma greve que exige aumentos salariais e a retoma das negociações coletivas, tendo estado a paralisar os serviços desde 7 de maio, com o final da greve previsto para esta quarta-feira.
Entre segunda e quarta-feira, são cumpridos os serviços mínimos determinados pelo Tribunal Arbitral. Os trabalhadores exigem melhores condições salariais, a implementação de uma reestruturação das tabelas de salários e a defesa da negociação coletiva.
O Sindicato dos Maquinistas (SMAQ) encontra-se no quarto dia de greve ao trabalho suplementar, que será mantida até quarta-feira. Já o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) iniciou uma greve que envolve revisores e trabalhadores de bilheteiras no domingo passado, com duração até quarta-feira e agendada entre as 05h00 e as 08h30.
Durante a última semana, a CP tem alertado para as diversas perturbações causadas por estas greves.