Ex-deputado da IL na Madeira defende que coligações devem ser "exceção"
Nuno Morna, ex-deputado da IL, argumenta que coligações políticas devem ser raras e não comprometer a identidade do partido, criticando a atual governação.

No decorrer da X Convenção Nacional da Iniciativa Liberal, realizada em Alcobaça, o ex-deputado Nuno Morna expressou a sua posição sobre coligações políticas, afirmando que estas devem ser tratadas "com conta, peso e medida" e que devem ser consideradas apenas como uma "exceção e não a regra".
Morna, que exerceu o seu mandato na Assembleia Legislativa da Madeira de 2023 a 2025, salientou a importância de preservar a identidade do partido, declarando que coligações que não respeitem os princípios da IL podem transformar o partido numa "bengala política de um regime em decomposição".
"Não queremos que a exceção se torne regra, nem que o bom senso se converta em submissão. Quando o preço de uma coligação é a identidade da IL, não se trata de uma coligação, mas sim de capitulação", enfatizou.
O ex-deputado sublinhou que a IL não se iniciou para ser um mero figurante num "teatro em ruínas", mas sim para trazer transformação ao país. "Por mim, é liberalismo ou nada", reiterou, apelando a que não contassem com ele para "acordos de silêncio ou conveniências táticas".
Morna criticou ainda o Governo da AD, acusando-o de apresentar propostas sem substância. "Onde está a prometida revisão do sistema fiscal? Onde está a redução efetiva do Estado? Um Governo que não tem coragem para cortar e reformar não é um verdadeiro Governo, mas sim uma comissão liquidatária da ambição nacional", afirmou com veemência.
O ex-deputado integrou a direção da IL na Madeira e, após um confronto com a nova liderança em fevereiro de 2025, decidiu deixar o seu cargo, pugnando sempre por uma mudança significativa na política nacional.