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China refuta acusações sobre ciberataque a Singapura

A embaixada chinesa repudia associações a um ciberataque em Singapura, que ameaça infraestruturas críticas, atribuído a um grupo de ciberespionagem.

19/07/2025 12:25
China refuta acusações sobre ciberataque a Singapura

A embaixada da China em Singapura rejeitou com veemência qualquer ligação ao recente ciberataque que está a atingir as infraestruturas críticas do país. Em um comunicado analisado pela Agência France Presse, a representação diplomática afirmou estar "firmemente contra qualquer difamação infundada da China", acrescentando que o país é, na verdade, uma das principais vítimas de ataques informáticos.

Singapura enfrenta uma situação alarmante, com um ciberataque de alta complexidade, classificado como 'ameaça persistente avançada' (APT, na sigla em inglês), que representa um risco significativo para a segurança nacional. O ministro do Interior, Kasiviswanathan Shanmugam, declarou: "Posso afirmar que o ataque é grave e que está em andamento. A responsabilidade foi atribuída ao grupo UNC3886."

Identificado pela empresa de cibersegurança Mandiant, que pertence à Google, o UNC3886 é associado a atividades de ciberespionagem com vínculos à China, tendo sido responsável por uma série de ataques a nível global.

O objetivo de um ataque APT é obter acesso constante a um sistema ou rede, permitindo o roubo de informações sensíveis e a disrupção de serviços essenciais, como saúde, telecomunicações, fornecimento de água, transportes e eletricidade, como explicou Shanmugam.

O ministro destacou que, entre 2021 e 2024, as suspeitas de ataques APT contra Singapura aumentaram mais de quatro vezes. Um exemplo notório ocorreu em 2018, quando um ciberataque a uma entidade estatal de saúde expôs os registos médicos de cerca de 160 mil cidadãos, incluindo o antigo primeiro-ministro Lee Hsien Loong.

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